Trata-se de uma moto fiável, económica e de condução divertida. Porém, tocar um motor a 4T tendo em vista extrair dele o máximo com fiabilidade não é um processo fácil e é bastante mais dispendioso do que fazê-lo num motor a 2T.
O processo, pode passar pelo incremento da cilindrada, melhoramento do fluxo termodinâmico da cabeça do cilindro, alimentação de combustível e comando electro-mecânico do motor.
A partir daqui, decidi começar pela parte mais económica do processo - melhorar o comando eléctrico do motor.
O que é isso?
Para gerar a faísca que iniciará a explosão dentro do cilindro, existe no motor um estátor, sobre o qual gira um prato magnético polarizado (volante), gerando um campo eléctrico de algumas centenas de volts, que vai excitar uma bobina transformadora e elevar a tensão para cerca de 20.000 volts, necessários à criação da faísca na vela de ignição.
A faísca, acontece uma vez a cada volta da cambota e duas vezes a cada tempo do motor. Quer dizer, que num ciclo de 4 tempos, no motor, o pistão passa no seu ponto morto superior duas vezes e a faísca ocorre também duas vezes. Uma delas é aproveitada pelo motor e a outra (aparentemente) não.
O momento em que as faíscas são geradas, acontece um pouco antes do motor atingir o seu ponto morto superior, dizendo-se por isso que o motor trabalha adiantado.
Este processo é comandado por uma chapa metálica meticulosamente colocada no volante do motor, que faz accionar um interruptor magnético (pickup), cujo posicionamento determina o ponto do motor.
O motor 4T da LML é um motor de ponto de ignição fixo mecanicamente, mas com avanço electrónico proporcionado pelo CDI.
No manual do fabricante, o ponto de motor da LML Star 4T 150cc é impreciso.
Posso afirmar que é de -25° face ao PMS (ponto morto superior).
Face à forma como está construído, o avanço permitido pelo CDI original é de cerca de 2°, não permitindo grandes ajustes de personalização.
Então o que fazer?
O que fiz, foi em primeiro lugar reposicionar o pickup, adiantando-o 13° face à sua posição inicial.
Isto irá permitir-me utilizar um CDI programável e assim controlar o ponto do motor em vários regimes de funcionamento. Desta forma aumentarei a fiabilidade do motor, dando-lhe um pouco mais de alma nos regimes em que rodo normalmente.
Aqui deixo algumas imagens do processo.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Os comentários não deverão ultrapassar o âmbito do assunto. Aceitarei com humildade as críticas construtivas, mas não tolerarei tentativas para menorizar o que faço, nem faltas de respeito.