quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

A onda Ace Cafe


O Ace Cafe London é um antigo café em Stonebridge, noroeste de Londres, Inglaterra, que foi amplamente remodelado tornando-se num espaço funcional de entretenimento. É historicamente um espaço que foi importante para a cultura motociclista entre 1938 até 1969. O espaço foi re-inaugurado no local original, em 1997.


Ace Cafe abriu em 1938 como área de serviço para o tráfego na nova North Circular Road. Como estava aberto 24 horas por dia, começou a atrair motociclistas. Tornou-se popular com os "Ton Up Boys" na década de 1950 e os "Rockers" da década de 1960. O café foi destruído durante um ataque aéreo na 2ª Grande Guerra e reconstruído em 1949. Os eventos ali realizados após a guerra e as condições sociais da época (muitos adolescentes, o aumento do tráfego automóvel e a industria de motociclos inglesa que estava no auge), tornaram o Ace Cafe num sucesso. A juventude passou a reunir-se no café com as suas motos e ouvir rock'n'roll. O Ace tornou-se o berço de inúmeros grupos de entusiastas das motos e bandas de rock.

Encerrou em 1969, após a abertura de uma nova área de serviço onde era então o extremo sul da auto-estrada M1. O piso térreo do edifício tornou-se uma loja de venda e montagem de pneus. O piso superior foi ocupado por uma empresa de aluguer de veículos.

Com a crescente popularidade dos "Rockers" e discussões entre os antigos membros do "59 Club", em 1994 foi dado o primeiro passo para o renascimento do Ace Cafe. Dizem que o anúncio atraiu cerca de 12.000 visitantes. O café foi reaberto parcialmente em 1997, com a renovação completa concluída em 2001. Entusiastas do Rock’N’Roll  e motociclistas de todo o mundo já marcaram presença no Ace para participar em reuniões temáticas, compartilhar histórias, ou simplesmente marcar presença na lenda que é. Já não abre 24 horas por dia, mas o café agora tem um extenso calendário de eventos para os proprietários de motos e carros. O espaço também é utilizado para concertos ao vivo, com DJ’s, e para casamentos e outras cerimónias.

A personalização de motos, ultrapassa em muito os pequenos aspectos cosméticos. Existe um culto pelas motos dos anos 60 e 70 sobretudo, que mais do que prolongar o fim de vida dos modelos aos quais se dedicam, fazem-nos renascer num novo formato, mais revivalista, transformando-os em "cafe-racers", "street-trackers", ou "scramblers". É uma arte que também se faz em Portugal. Uma das equipas que se dedica a este trabalho é a “Ton-Up Garage”, e esteve à conversa com Álvaro Costa numa das edições do programa "Portugal 3.0".


Motards, Motoqueiros, ou Motociclistas?


Os utilizadores e aficionados pelas duas rodas motorizadas, despertam na sociedade várias imagens, conforme se comportam em sociedade. Existe também, um preconceito generalizado em muitas pessoas, que por infortúnio ou incapacidade, nunca tiveram contacto com motos. Para estes, o ‘mundo’ das motos reproduz-se com uma simples imagem: “feios, porcos e maus”. Deste lado da barricada, como motociclista, tudo faço para desfazer esta imagem. Todos os dias…
Também com este propósito, assisti há dias, à crónica do radialista do Porto (só podia) Victor Pinto, que com humor desmistifica “a classe”, divagando sobre os conceitos e questionando:
  • Velocípedes a motor, motorizadas, ou motocicletas ?
  • Moto, ou mota?
  • Motard, motociclista, ou motoqueiro?
Este excelente trabalho, que aqui replico, foi extraído do programa “Portugal 3.0” de Álvaro Costa, que passou na RTP2.